domingo, 18 de janeiro de 2009

Israelenses x Palestinos... Entenda!

O texto tá grande mas vale muito apena, eu "garantio".
Muito de vocês estão acompanhando todas as notícias que cercam esse assunto atualmente, mas muitos não fazem a miníma ideia do que se trata, então resolvi fazer um resumo sobre o começo desse conflito que já dura mais de cinquenta anos...
A guerra entre esses dois povos começou faz tempo, ocasionados pelas diversidades étnicas, religiosas e pela disputa de território.

As Disputas Territórias: A mais sangrenta e de difícil solução é a questão da palestina, que teve início com a criação do estado de Israel em 1948.
Palestina: *Faixa de terra pequena e desértica que se estende alo longo do mediterrâneo, entre o Líbano e o Egito.* Tem sido objeto de disputa entre árabes e judeus, por mais de cinquenta anos.

Judeus: Descendentes dos hebreus, antigos habitantes da palestina que haviam sido expulsos pelos romanos no início da era Cristã. Dispersos pelo mundo num movimento conhecido como Diáspora, os hebreus passaram a ser chamados de judeus, hoje prefrerem a designação israelenses.

Árabes: Ocuparam a região durante sua expansão entre os séculos VII e XV e aí permanceram sob o império Otamano e, depois sob o protetorado britânico. São também chamados de palestinos.



Começo do conflito
Os israelenses alegam direitos históricos sobre a Palestina, e os árabes tem certeza de ter seus direitos adquiridos pela longa ocupação da região.
Durante muito tempo, o povo judeu permaneceu espalhado por diversos países, sempre acalentando o sonho de ter seu próprio território.
No fim do século XIX, surgiu na Europa um movimento que elegeu a Palestina (antiga pátria dos hebreus) como esse território sonhado: o movimento sionismo.
A Inglaterra, responsável pela região nessa época, passou permitir a entrada de colonos judeus na Palestina. Os choques com os habitantes locais foram inevitáveis e tornaram-se cada vez mais intensos. Durante a Segunda Guerra Mundial, aumentou o fluxo migratório do judeus para o Oriente Médio, em virtude da persueguição imposta a eles pelos nazistas.
Com o fim da guerra e a independência do protetorados ingleses ( Transjordânia, Palestina e Iraque), a situação entre os árabes e os colonos judeus ficou insustentável. Coube, então á recém criada ONU realizar a partilha da Palestina, que deixou a região com a seguinte configuração: um estado árabe e um estado judaico, criado em 14 de maio de 1948, o estado de Israel
Inconformados com a decisão da ONU, os palestinos declararam guerra aos israelenses, com a intenção de expulsá-los das terras que faziam parte do novo estado de Israel. A primeira das guerras travadas entre árabes e judeus na palestina (1948-1949) terminou com a vitória de Israel e o fim da territorialidade árabe no estado que lhes fora designado pela ONU. Território da palestina hoje, acima.
*Faixa de gaza: Território situado no Oriente médio limitado a norte e a leste por Israel e a sul pelo Egito. É o território mais densamente povoado do planeta, com 1,4 milhão de habitantes para uma área de 360km². A designação "Faixa de Gaza" deriva do nome de sua principal cidade, Gaza. Atualmente a faixa de gaza não é reconhecidade internacionalmente como pertecente a um país soberano. O espaço áreo e o acesso marítimo à faixa de gaza são atualmente controlodas pelo estado de Israel, que ocupou militarmente o território entre junho de 1967 e agosto de 2005. A jurisdição é por sua vez exercida pela Autoridade Nacional Palestiniana*

Revolta, reação e reconhecimento palestino
Para os árabes, a derrota na guerra significou al-nalkba (catástrofe, em árabe). Os palestinos perderam com seu território, suas raízes, o seu lar nacional. Entretanto, conservaram a vontade de manter a soberania em suas terras, agora ocupadas por Israel. Segundo a ONU, cerca de 750 mil palestinos foram expulsos de sua pátria após a derrota das forças árabes em 1949.
Os palestinos passaram então a viver em países árabes vizinhos, onde eram tratados como cidadãos de segunda classe. O mesmo aconteceu com os que permaneceram no estado de Israel.
Na vizinha Jordânia teve início, então, a reação palestina. Nesse país, em 1959, foi criada por Yasser Arafat a Al-Fath, organização terrorista que passou a lutar para obter os territórios palestinos de volta e que não reconhecia o estado de Israel. Em 1964, a Al-Fath transformou-se na Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Reconhecida pelos países árabes, a OLP foi proclamada por Yasser Arafat, seu dirigente desde 1969, "um Estado no exílio"
Não demorou muito para que a OLP e os palestinos se tornassem um problema para os países que os abrigavam. Atagues frequentes das tropas israelenses e pressões dos Estados Unidos fizeram com que a OLP fosse expulsa da Jordânia, em 1970, ao mesmo tempo que ocorria uma grande massacre de palestinos no país, no episódio ficou conhecido como Setembro Negro. Instalada em Beirute, capital do Líbano, a organização palestina precisou buscar outro abrigo, em virtude dos constantes ataques do exército israelense à região ocupada pelos palestinos.
Durante o período em que esteve sediada no Líbano, em 1974, a OLP foi reconhecida pela ONU como representante legítima do povo palestino, Ao sair desse país. a OLP transferiu a sua sede para Túnis, capital da Tunísia, país árabe do norte da África. Entratatanto, a organização passou por muitos reverses antes que seu líder renunciasse ao terrorismo e reconhecessem oficialmente o estado de Israel, o que só ocorreu em 1988. Desde 1993, os líderes da OLP integram a Autoridade Palestina.


Israel e os países árabes

A questão palestina envolveu outros países árabes do Oriente Medio na luta contra Israel.
Egito, Jordânia e Síria participaram dos conflitos de 1956, 1967 ao lado dos palestinos, irei falar desses conflitos logo mais abaixo.
O Egito foi o primeiro deles a assinar um acordo de paz com Israel, em Camp David, em 1979. A Jordânia selou a paz com os vizinhos em 1994.
Os problemas entre Israel e o Líbano se acirraram quando este país abrigou os palestinos expulsos da Jordânia.
O sul do Líbano foi ocupado por Isral em 1978. Uma " faixa de segurança" foi marcada para prevenir ataques de guerrilheiros a territórios israelenses em 1985. Somente em maio de 200, Israel termninou a retirada de suas tropas do sul do Líbano.
A Síria é o único país que não assinou nenhum acordo de paz com Israel. Como só aceita negocioar se os israelenses devolverem o terrirório ocupado em 1967, as colinas de Golan, e estes se recusam a fazê-lo, criou-se um verdadeiro impasse.
Além do movimento na questão palestina e da participação em conflitos contra Israel, Síria e Líbano têm problemas entre sim. Em 1976, no início da guerra civil que destruiu o Líbano (1975-1990), a Síria invadiu o país vizinho, apoiando ora um dos lados do conflito, ora outro. Assim, passou a dominar cada vez mais instituições e o território libaneses. Somente em 2005, após muitas pressões dos Estados Unidos, a Síria iniciou a retirada de suas tropas do território libanês, onde permaneceu por 29 anos.



Radicalismo duplo
Os acordos assinados pelos líderes palestinos e israelenses não têm o respaldo das populações que representam.
Existem grupos radicais de ambos os lados que não concordam em assinar acordos de paz com o "inimigo". Só aceitam a ideia de que um Estado palestino não convive com um Estado judeu e vice-versa.
Do lado árabe, os grupos mais ativos são o Hezbollah (Partido de Deus), o Hamas (esse que está aparecendo todos os dias nos noticiários) e o Jihad, que não aceitam a representação da OLP e os acordos de paz.
Ultimamente essas organizações têm usado homens e mulheres-bombas e jovens fanáticos dispostos a morrer pela causa palestina em seus atentados a alvos israelenses, segundo o Islamismo, o homem quando morre tem direito a 72 virgens, há quem diga que isso é um bom negócio, hehe!
Essa atitude, que pode parecer fanatismo religioso so para as demais crenças, é encarada por alguns grupos radicais islâmicos com parte integrante do jihad (guerra santa). *Guerra Santa, alguns explicam essa atitude dos radicais pelo nome de "guerra santa"(jihad), que serve tanto para designar a manutenção do equilíbrio constante no interior do homem, para que ele possa se livrar das forças malígnas (jihad interior), como para expressar a luta pela expansão e pela preservação da religião islâmica no mundo (jihad exterior).
Do lado de Israel, destacam-se o Kach, o Yesha e o Eyal, grupo extremista jovem, suposto responsável pelo assasinato do primeiro ministro israelense Yitzhak Rabin em 1995.



Jerusalém: pomo de discórdia
A cidade de Jerusalém, localizada na Cisjordânia, é o principal ponto de discórdia entre palestinos e israelenses. Jerusalém oriental é o centro da vida palestina; aí estão as mesquitas do Domo de Rocha e de Al-Aqsa (lugar sagrado para os mulçumanos). É também o local onde o profeta Maomé subiu aos céus, segundo a crença mulçumana.
Jerusalém foi, ao longo dos séculos, a única capital e centro da vida judaica quando esse povo habitava a palestina. É a cidade do rei Davi, onde se encontra o lugar sagrado dos judeus: o Muro das Lamentações, vestígio do segundo templo, destruído pelos romanos em 70 d.C.
É também a cidade sagrada do cristianismo, cenário da paixão e morte de Jesus Cristo.




Guerras

Se quiserem ver mais detalhadamente sobre as guerras entre eles, é só clicar na respectiva guerra. Os principais conflitos foram:
Guerra de Suez (1956)
Guerra dos Seis Dias (1967)
Guerra do Yom Kippur (1973)

A primeira Intifada: A "Revolta das Pedras" teve início na década de 1980, quando crianças e jovens palestinos atacavam soldados israelenses usando pedras como armas, incrível não?





Guerra Eterna
Em 2008 Israel completou 60 anos, esse também é quase o mesmo tempo em que os conflitos contra os palestinos começaram, os árabes vêm resistindo e lutando todo esse tempo, os israelenses também não tem descanço, ambos tem seus lados negativos e positivos, mas há de se convir que a questão palestina é bem mais traiçoeira, imagine-se você em sua casa e de repente aparece o ex-dono dela, e toma conta de seus aposentos, como você se sentiria? Isso é mais ou menos o que os palestinos sentem, eles apenas querem o seu antigo lar de volta, entretanto, é claro que os israelenses não têm toda a culpa, tanto os palestinos quanto os israelenses foram colocados numa "sinuca" pela a ONU, isso la na criação do Estado de Israel, é realmente um problema mais que complexo, do qual só iremos ter a resposta com o tempo, enquanto isso vão ocorrer sempre esses conflitos, para mim essa guerra só irá acabar quando alguém ceder, o que acho pouco provável.


Em tempo: Os confrontos entre os Hamas e o exército de Israel ja provocaram mais de 1.300 mortes ao longo de 22 dias.
Se você quer ver a cobertura completa dos
Ataques de Israel à Faixa de Gaza, está aí...

Agora sim você está por dentro do assunto.

2 comentários:

Anônimo disse...

adorei o post
coseguiu em poucas palavras sintetizar bem sobre os israelences e palestinos,sobre as dispultas territóriais e vaerias outra curiosidades
por isso achei esse blog sem isageiro um dos melhores q eu ja vi em toda a minha vida..
e ao dono so tenho que lhe dar os meus parabens..

Vagner Ramos disse...

hahaha!!! Mateus viado